
Entender o papel que a revista (com o perdão da palavra) VEJA cumpre dentro dos
“negócios” no Brasil é simples. Assim como receber a tarefa de escrever sobre o martírio
de Cristo na sexta-feira santa e ficar aguardando a determinação do dono sobre se é para
ser contra ou a favor.
Revistas como VEJA, ÉPOCA e jornais como O GLOBO, FOLHA DE SÃO PAULO, ou
redes de tevê nacionais, a grande mídia de um modo absoluto, são instrumentos da
classe dominante. Não importam os fatos, mas a versão. E quem paga. São sempre os
donos que pagam.
Esse não é um fenômeno só do Brasil. Governos latino-americanos como o do presidente
Hugo Chávez enfrentam o desafio de vencer essa batalha, a maior dentre todas na luta
popular. A da comunicação.
A revista VEJA dedica-se em sua última edição a tentar transformar o MST (Movimento
dos Trabalhadores Rurais sem Terra) numa versão brasileira da Al Qaeda. Não é a
primeira vez que faz isso. Em 1999, com os recursos que a tecnologia permite, publicou a
foto do líder do movimento, João Pedro Stedille sugerindo-o um demônio.
dos Trabalhadores Rurais sem Terra) numa versão brasileira da Al Qaeda. Não é a
primeira vez que faz isso. Em 1999, com os recursos que a tecnologia permite, publicou a
foto do líder do movimento, João Pedro Stedille sugerindo-o um demônio.
Estão ali acusações de desvio de recursos de programas do Governo Federal para
assentamentos, denúncias de fartos recursos a partir de fartas transferências do governo
Lula, tudo num único objetivo, o de evitar a discussão e o debate de questões
fundamentais como a reforma agrária, a política agrícola de favorecimento ao
agronegócio e agora, especificamente, a revisão e atualização dos índices de
produtividade. É uma determinação legal e deve ser feita de dez em dez anos.
assentamentos, denúncias de fartos recursos a partir de fartas transferências do governo
Lula, tudo num único objetivo, o de evitar a discussão e o debate de questões
fundamentais como a reforma agrária, a política agrícola de favorecimento ao
agronegócio e agora, especificamente, a revisão e atualização dos índices de
produtividade. É uma determinação legal e deve ser feita de dez em dez anos.
Quando o delegado Protógenes Queiroz prendeu o banqueiro Daniel Dantas, parceiro de
FHC e patrão de Gilmar Mendes (que já cobrou, de forma intempestiva do governo
providências contra o MST) VEJA tratou de desmoralizar a ação do delegado afirmando
que havia uma série de escutas ilegais feitas no gabinete de Gilmar e revelou uma delas,
uma suposta conversa com o senador Heráclito Fortes, um dos integrantes da grande
quadrilha tucano/DEMocrata. As gravações nunca apareceram pelo simples fato que
nunca existiram. Foi só uma denúncia infundada, mentirosa e com o objetivo de desviar a
atenção da opinião pública de todo o emaranhado de trapaças de Dantas. Por extensão,
das arbitrariedades de Gilmar à frente do STF DANTAS INCORPORARION LTD (antiga
suprema corte).
FHC e patrão de Gilmar Mendes (que já cobrou, de forma intempestiva do governo
providências contra o MST) VEJA tratou de desmoralizar a ação do delegado afirmando
que havia uma série de escutas ilegais feitas no gabinete de Gilmar e revelou uma delas,
uma suposta conversa com o senador Heráclito Fortes, um dos integrantes da grande
quadrilha tucano/DEMocrata. As gravações nunca apareceram pelo simples fato que
nunca existiram. Foi só uma denúncia infundada, mentirosa e com o objetivo de desviar a
atenção da opinião pública de todo o emaranhado de trapaças de Dantas. Por extensão,
das arbitrariedades de Gilmar à frente do STF DANTAS INCORPORARION LTD (antiga
suprema corte).
À época do acidente com o Airbus da TAM que matou centenas de pessoas, ao perceber
que a tática da GLOBO de incriminar e culpar o governo por conta de “irregularidades”
nas pistas do aeroporto de Congonhas falhara, estavam começando a aparecer as
irregularidades sim, mas na aeronave, na manutenção, nos cuidados da empresa com
seus aviões, saiu com uma capa sórdida atribuindo a culpa ao piloto. “O PILOTO É O
CULPADO”.
que a tática da GLOBO de incriminar e culpar o governo por conta de “irregularidades”
nas pistas do aeroporto de Congonhas falhara, estavam começando a aparecer as
irregularidades sim, mas na aeronave, na manutenção, nos cuidados da empresa com
seus aviões, saiu com uma capa sórdida atribuindo a culpa ao piloto. “O PILOTO É O
CULPADO”.
É óbvio, a TAM é uma das co-proprietárias da mídia brasileira. Vale dizer patrocinadora.
Tem aquele negócio de jornalistas amigos voarem de graça, ganhar passagem para si e
família em reconhecimento aos “serviços prestados”, essas coisas assim, corriqueiras no
mundo dos “negócios”.
Tem aquele negócio de jornalistas amigos voarem de graça, ganhar passagem para si e
família em reconhecimento aos “serviços prestados”, essas coisas assim, corriqueiras no
mundo dos “negócios”.
Como o emprego que Gilmar Mendes deu a Heraldo Pereira (que aparece com pinta de
jornalista sério, íntegro nos noticiários da GLOBO) em troca do silêncio sobre um monte
de coisas.
jornalista sério, íntegro nos noticiários da GLOBO) em troca do silêncio sobre um monte
de coisas.
Kátia Abreu é uma senadora do DEM do estado de Tocantins. Latifundiária, defensora do
trabalho escravo e especialista em desviar recursos públicos para suas campanhas
eleitorais. É alvo de investigações da Polícia Federal sobre isso. Recursos desviados da
Confederação Nacional da Agricultura para custear sua eleição.
trabalho escravo e especialista em desviar recursos públicos para suas campanhas
eleitorais. É alvo de investigações da Polícia Federal sobre isso. Recursos desviados da
Confederação Nacional da Agricultura para custear sua eleição.
Chantagista. Fez ver ao governo Lula que se o governo fizer a revisão dos índices de
produtividade como prometido ao MST e em obediência à lei, perderia o voto dos
deputados da chamada bancada ruralista (latifundiários) no Congresso Nacional.
produtividade como prometido ao MST e em obediência à lei, perderia o voto dos
deputados da chamada bancada ruralista (latifundiários) no Congresso Nacional.
Como o governo Lula não é de ferro, sentou em cima. Nem lá e nem cá. Kátia Abreu foi
mais longe. Quer uma CPI do MST. Um palco onde possa exibir a farsa do agronegócio,
do latifúndio, do trabalho escravo transformados em progresso, em gerador de empregos,
de riquezas e o MST como o grande monstro do atraso ávido de devorar verbas publicas,
comer criancinhas e matar idosos.
mais longe. Quer uma CPI do MST. Um palco onde possa exibir a farsa do agronegócio,
do latifúndio, do trabalho escravo transformados em progresso, em gerador de empregos,
de riquezas e o MST como o grande monstro do atraso ávido de devorar verbas publicas,
comer criancinhas e matar idosos.
Faz parte do jeito da senhora em questão achar que todo mundo é igual a ela, ou que
todos os brasileiros são senadores e vivem de atos secretos.
todos os brasileiros são senadores e vivem de atos secretos.
VEJA é parte do processo. Entra em seguida no palco e num folhetim de quinta categoria,
apresenta o “bandido” da novela, o MST. Com certeza verbas públicas da Confederação
Nacional da Agricultura (dos latifundiários) ou outra organização dessas especializadas
em lavar dinheiro vão pagar a matéria “jornalística”.
apresenta o “bandido” da novela, o MST. Com certeza verbas públicas da Confederação
Nacional da Agricultura (dos latifundiários) ou outra organização dessas especializadas
em lavar dinheiro vão pagar a matéria “jornalística”.
É o modelo de vida onde o espetáculo funciona como fator determinante de tudo e em
função do mercado, um deus inventado e cultuado desde o primeiro momento da vida,
quando se instalou a luta de classes – opressores e oprimidos, exploradores e explorados
–. O que varia é a forma. O jeito e isso é uma decorrência do aperfeiçoamento dos
garrotes do latifúndio.
função do mercado, um deus inventado e cultuado desde o primeiro momento da vida,
quando se instalou a luta de classes – opressores e oprimidos, exploradores e explorados
–. O que varia é a forma. O jeito e isso é uma decorrência do aperfeiçoamento dos
garrotes do latifúndio.
O que incomoda essa gente é que revistos os índices de produtividade, como determina a
lei, cai por terra a grande mentira do agronegócio como mola propulsora da economia e
prosperidade do País. Essa revisão traz como conseqüência a perspectiva de ações de
governo no campo da reforma agrária que contrariam interesses do latifúndio, logo de
VEJA, um dos porta-vozes dessa máfia.
lei, cai por terra a grande mentira do agronegócio como mola propulsora da economia e
prosperidade do País. Essa revisão traz como conseqüência a perspectiva de ações de
governo no campo da reforma agrária que contrariam interesses do latifúndio, logo de
VEJA, um dos porta-vozes dessa máfia.
Essa impostura esconde uma outra realidade para além do trabalho escravo, do uso da
terra como fator de especulação. A que os responsáveis pelo alimento sadio que vai à
mesa dos brasileiros no dia a dia são os pequenos e médios produtores rurais.
terra como fator de especulação. A que os responsáveis pelo alimento sadio que vai à
mesa dos brasileiros no dia a dia são os pequenos e médios produtores rurais.
Para o agronegócio a questão não é saber se a porcaria transgênica mata a soberania
nacional na agricultura, no campo alimentar e “alimenta” pessoas. É atender a interesses
da MONSANTO, uma das principais acionistas do Estado brasileiro e assegurar o modelo
político, econômico e social perverso e cruel que o latifúndio e esse conjunto de
“negócios” geram no Brasil e nos chamados países emergentes.
nacional na agricultura, no campo alimentar e “alimenta” pessoas. É atender a interesses
da MONSANTO, uma das principais acionistas do Estado brasileiro e assegurar o modelo
político, econômico e social perverso e cruel que o latifúndio e esse conjunto de
“negócios” geram no Brasil e nos chamados países emergentes.
O papel de VEJA, beneficiária de vários contratos fraudulentos no fornecimento de livros
didáticos a governos como o de FHC e agora José Serra em São Paulo, é vender essa
mentira travestida de espetáculo de falsa indignação (muito bem remunerada).
didáticos a governos como o de FHC e agora José Serra em São Paulo, é vender essa
mentira travestida de espetáculo de falsa indignação (muito bem remunerada).
Não importa que centenas de milhares de trabalhadores rurais trabalhem em condições
escravas. Não importa que a concentração da terra em mãos de gente como Kátia Abreu
gere fome, transforme o País numa república de banana (lógico, elites econômicas são
apátridas), levam em conta apenas e tão somente os
“negócios”.
escravas. Não importa que a concentração da terra em mãos de gente como Kátia Abreu
gere fome, transforme o País numa república de banana (lógico, elites econômicas são
apátridas), levam em conta apenas e tão somente os
“negócios”.
O “negócio” de VEJA é transformar um crime em ação legal, patriótica (“último refúgio dos
canalhas”) e fazer crer que a luta popular é ação corrupta e terrorista.
canalhas”) e fazer crer que a luta popular é ação corrupta e terrorista.
O alvo preferencial é o MST. Ignoram, porque lhes convém que seja assim, o trabalho do
movimento no campo da educação. Os resultados limpos dos muitos assentamentos
produzindo alimentos limpos e condições de existência, coexistência e convivência dignas
e humanas a trabalhadores e pequenos proprietários rurais.
movimento no campo da educação. Os resultados limpos dos muitos assentamentos
produzindo alimentos limpos e condições de existência, coexistência e convivência dignas
e humanas a trabalhadores e pequenos proprietários rurais.
E aí a mais importante tarefa de VEJA. A de desinformar, mentir, alienar, principalmente
alienar, seja pelo medo que infunde as pessoas, ou pelo espetáculo que o deus mercado
proporciona transformando a todos em escravos de um modelo político e econômico
falido.
alienar, seja pelo medo que infunde as pessoas, ou pelo espetáculo que o deus mercado
proporciona transformando a todos em escravos de um modelo político e econômico
falido.
E quando VEJA é insuficiente matam. Como fizeram com Chico Mendes, com a irmã
Dorothy e centenas de líderes e trabalhadores rurais. Muitas vezes massacram o que
fizeram em Eldorado do Carajás.
Dorothy e centenas de líderes e trabalhadores rurais. Muitas vezes massacram o que
fizeram em Eldorado do Carajás.
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