sábado, 13 de março de 2010

BENVINDOS OS CAMARADAS DO COLETIVO UNIÃO COMUNISTA

O PCB se orgulha de receber em suas fileiras os camaradas que compunham o Coletivo União Comunista, com os quais, nos últimos anos, vínhamos mantendo um respeitoso diálogo, passando em revista nossos pontos de vista sobre os caminhos da revolução brasileira.



Este fato histórico se dá no momento em que o PCB tem chamado a atenção dos verdadeiros comunistas brasileiros, em função das mudanças que vem operando em sua linha política e em sua concepção de partido, rompendo com as ilusões reformistas e apontando para a necessidade de luta para além da institucionalidade burguesa.



Temos, com o mesmo orgulho, recebido camaradas que vêm de outras organizações e coletivos, com culturas e referências teóricas e práticas diferenciadas. Não temos tornado públicos estes recrutamentos individuais em respeito a eles e às organizações de onde vêm. No caso da União Comunista, por se tratar de um coletivo agora dissolvido e por ter tornado pública sua consensual adesão, por decisão soberana de seus ex-membros, permitimo-nos tecer algumas considerações.



O mais significativo desta adesão é a possibilidade, a atualidade e a riqueza do convívio fraterno dentro da mesma organização revolucionária de camaradas que têm distintas leituras do colapso do processo de construção do socialismo na União Soviética e em outros países, sobretudo do Leste Europeu. No PCB, que tem como referência principal o legado de Marx, Engels e Lênin, levamos em conta também as contribuições, os erros e acertos de outros revolucionários, mesmo os que suscitam discussões apaixonadas e, por vezes, maniqueístas.



O XIV Congresso do PCB, realizado há poucos meses – ao debater o balanço e as perspectivas do socialismo - teve a sabedoria de não aprovar um texto obrigatório para seus membros, mas um documento que, sendo resultado do acúmulo existente no nosso Partido sobre o tema, sirva de referência para a continuidade deste necessário debate, que exige uma discussão ainda mais profunda e desapaixonada, até porque, do ponto de vista histórico, é muito recente.



O centralismo democrático num Partido Revolucionário não significa que todos tenham a mesma visão acerca da história do movimento comunista, nacional e internacional. E nem mesmo sobre os rumos da Revolução Brasileira. O centralismo democrático, caminho de mão dupla, é a unidade de ação e a disciplina partidária em torno das resoluções das instâncias partidárias e dos fundamentos do Partido.



No presente, o que une os comunistas é que nos empenhamos na reconstrução revolucionária do PCB é a resolução aprovada no Congresso, que trata da ESTRATÉGIA E TÁTICA DA REVOLUÇÃO BRASILEIRA, que será amplamente divulgada nos próximos dias.



Sejam benvindos, os comunistas brasileiros, a um Partido que não tem qualquer vantagem para oferecer a ninguém, não é legenda eleitoral e que pretende crescer com qualidade revolucionária, organização leninista, disciplina consciente e inserção no movimento de massas.



Ivan Pinheiro


Secretário Geral do PCB


Rio de Janeiro, março de 2010

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