terça-feira, 1 de março de 2011

Denúncia do MPL sobre a Licitação do transporte Coletivo de CWB

Em atenção ao

  • Ministério Público do Estado do Paraná – MP-Pr

  • Tribunal de Contas do Estado do Paraná – TCE-Pr

  • Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE

PREZADOS SENHORES:

O Movimento Passe Livre de Curitiba, coletivo informal, anônimo e organizado, vem por meio desta correspondência, DENUNCIAR A LICITAÇÃO FRAUDULENTA do transporte coletivo do estado do Paraná, ao mesmo tempo em que solicita o imediato acompanhamento diligencial da execução do contrato homologado na referida licitação, ANTES QUE O AUMENTO ABUSIVO ATINJA A POPULAÇÃO.

Solicita ainda a imediata ENCAMPAÇÃO dos serviços do transporte coletivo em Curitiba, por razões relacionadas a falta de segurança e qualidade no mesmo, fato que poderá ser comprovado mediante rigorosa investigação de acidentes publicados na grande mídia e também de acidentes não divulgados.

Documentos para a confirmação da denúncia podem ser obtidos junto à URBS S.A., cujo endereço é Av. Pres. Affonso Camargo, 330 - Jardim Botânico - CEP 80060-090 - Curitiba – PR.

Documentos complementares – denúncia anônima de empresa de transporte coletivo que foi excluída da negociata – estão anexos à correspondência enviada pelo correio.

Por haver sinais de ações coordenadas de aumento de tarifas em nível nacional, atingindo até o momento 17 metrópoles e mais de 50 milhões de brasileiros, solicita-se o envolvimento do CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica, para que dê um parecer sobre a atual conjuntura da exploração do transporte coletivo nas metrópoles brasileiras.

O MPL está certo de que o retorno de Vas. Sas. dará a medida exata do VALOR DAS INSTITUIÇÕES listadas no cabeçalho desta correspondência.

Por questões de segurança e devido a violências já sofridas pela militância, informa-se que a denúncia formal, bem como a presente carta está sendo divulgada via internet (blog do MPL Curitiba) e mídias independentes.

Sem mais,

Movimento Passe Livre - Curitiba

***

O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil

Obama vem ao Brasil reforçar os interesses dos EUA no petróleo brasileiro. A
vontade do governo brasileiro e da Petrobrás é transformar o país num grande
exportador de petróleo, em detrimento de tratarmos esse bem como estratégico
e produzi-lo na medida das necessidades internas

Por Emanuel Cancella, diretor do Sindipetro-RJ.

Essa é a frase famosa dita pelo então embaixador brasileiro nos EUA, Juracy
Magalhães. Isso foi em 1964 às vésperas do golpe militar que resultou na
ditadura militar. Hoje é sabido que os nossos anos de chumbo foram
orquestrados pelo governo norte-americano, aliado dos militares brasileiros
golpistas.

O presidente norte-americano Barack Obama visitará o Brasil em março com o
mesmo pensamento de 1964, só que agora é uma questão de sobrevivência, pois
é sabido que os EUA só têm petróleo para três anos. As convulsões sociais
nos países africanos e no Oriente Médio complicam ainda mais a geopolítica
do petróleo. Esses países são possuidores de grandes reservas de petróleo,
bem como são os principais exportadores da matéria prima para o mundo, em
particular para os EUA.

Por conta das turbulências no mundo muçulmano, o petróleo passou a casa dos
cem dólares. Exportar petróleo desses países cada vez fica mais complicado,
a exemplo do Iraque – país “dominado” pelos EUA e aliados. E aí entra em
cena o Brasil – o gigante adormecido, deitado eternamente em berço
esplêndido e com reservas gigantes de petróleo descobertas do Pré-sal.

No mundo inteiro, a geopolítica do petróleo é resolvida através de guerras,
derrubada de governantes, ameaças de guerras: vejam o caso do Irã. No
Brasil, Obama só precisa que aconteçam os leilões de petróleo.

Na política de petróleo, Lula avançou em relação a Fernando Henrique:
deixamos de entregar todo nosso petróleo como propunha FHC, passando, com
Lula, a entregar 70%. No marco regulatório de Lula, 30% de todos os blocos
do Pré-sal são da Petrobrás e os restantes [70%] serão partilhados entre
empresas privadas nacionais e multinacionais. Vence o leilão aquele
consórcio que oferecer mais vantagens à União.

É isso que Obama vem reforçar: a vontade do governo e da Petrobrás de
transformar o Brasil num grande exportador de petróleo. Ao invés de
tratarmos esse petróleo como bem estratégico e produzir na medida das
necessidades internas, já que somos autossuficientes na produção de
petróleo, vamos virar um grande exportador para atender aos EUA.

E para desespero dos ambientalistas, já que o Brasil vai perder a
oportunidade de diminuir a participação do hidrocarboneto na nossa matriz
enérgica e de investir o próprio dinheiro do petróleo em geração de energias
mais limpas e com isso contribuir com o política ambiental. Pela vontade do
governo brasileiro, de Obama e da direção da Petrobrás vamos continuar a ser
fornecedores de matéria prima para o mundo. E deixar a possibilidade de
investir o dinheiro desse petróleo para erradicar as nossas mazelas sociais.


Imaginar que após a vitoriosa luta da campanha “O Petróleo é Nosso!”, onde
brasileiros foram perseguidos, presos, mortos, agora vamos entregar (nos
leilões) de mão beijada nosso petróleo. Quando o petróleo era um sonho, o
povo foi às ruas, lutou e conquistou a Petrobrás e o Monopólio Estatal do
Petróleo. Agora que o petróleo é uma realidade, nós vamos exportá-lo. É sair
do sonho e entrar no pesadelo!
APN - Agência Petroleira de Notícias - SINDIPETRO-RJ


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