quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Movimentos sociais exigem petróleo sob controle dos brasileiros

Na vigília contra os leilões do petróleo e gás brasileiros, balões imensos e faixas explicavam o motivo da manifestação com a frase "O petróleo tem que ser nosso".

A chuva e o frio sobre o Rio de Janeiro não impediram que o Sindipetro-RJ e outras entidades representativas dos movimentos sociais, entre as quais o MST, realizassem, de 16 a 19 de setembro, abrigadas numa lona de circo, em frente à sede da Petrobrás, a vigília em defesa do pré-sal nas mãos do povo brasileiro, sob o lema "O petróleo tem que ser nosso". Intelectuais e lideranças políticas também participaram das atividades.

Além do abraço à Petrobrás na abertura da manifestação, na vigília contra os leilões do petróleo e gás brasileiros, realizados pelo governo federal, balões imensos e faixas explicavam o motivo da manifestação com a frase "O petróleo tem que ser nosso".

Da programação, constaram atividades culturais e debates, ocasião em que o cacique Xohã fez uma oficina de pintura corporal e artesanato indígena. Não faltaram os contadores de história, sessões de cinema com debates, bem como debates sobre conjuntura nacional e a questão do petróleo com a participação, entre outros, do engenheiro Paulo Metri, de Francisco Soriano, diretor do Sindipetro-RJ, do advogado Modesto da Silveira.

O economista Carlos Lessa e o engenheiro Fernando Siqueira participam de outro debate sobre "A questão do petróleo, um projeto para o Brasil". A crise na Bolívia também esteve na pauta das discussões com as participações do vice-presidente da Casa da América Latina, Ivan Pinheiro e o professor boliviano, radicado no Brasil, Carlos Romero.

No último dia da vigília, os manifestantes entregaram cartas aos presidentes da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, Luciano Coutinho, do BNDES e à direção da Agência Nacional do Petróleo (ANP), com as reivindicações dos trabalhadores reunidos em torno do Fórum Nacional contra a Privatização do Petróleo e Gás, segundo informou a Agencia Petroleira de Notícias. Uma roda de samba encerrou a vigília. Desde a sexta-feira, 12 de setembro, out-doors da campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso foram afixados, em Brasília, em pontos estratégicos do Rio de Janeiro, na Avenida Brasil e na Rodovia Washington Luiz. A mesma mensagem foi espalhada em várias linhas de ônibus (bus-doors), no Rio, Niterói e Baixada Fluminense. A campanha também veiculou publicidade em rádios e em avião (faixa circulando na orla, no final de semana).
Para os organizadores das manifestações, a campanha está sendo coroada de êxito e continuará pressionando o governo federal para que desista de uma vez por todas em prosseguir os leilões do petróleo e gás e que finalmente essas riquezas estejam sob controle do povo brasileiro.

por Mário Augusto Jakobskind, com a colaboração da Agência Petroleira de Notícias (APN)

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