quinta-feira, 2 de abril de 2009

Comunicado das FARC-EP sobre o primeiro ano da morte de Manuel Marulanda



Um ano da morte do camarada Manuel


Secretariado do Estado Maior Central das FARC-EP


Camaradas do Estado Maior Central, direções dos Blocos, Comandos Conjuntos, Frentes, Colunas, Companhias, Guerrilhas e Esquadras; guerrilheiras e guerrilheiros, Sandra e filhos, PCCC, Milícias Bolivarianas e Populares, Movimento Bolivariano pela Nova Colômbia e ao Povo Colombiano lhes dizemos hoje que, há um ano do desaparecimento físico do Comandante Manuel Marulanda Vélez, as FARC-EP seguimos adiante desenvolvendo o plano estratégico, guiadas por todos documentos que produziram as nove conferências nacionais de guerrilheiros, plenos do Estado Maior Central e seu Secretariado em 44 anos de confrontação política e militar com o Estado colombiano, seu regime oligárquico e excludente, amamentado e dirigido pelo império.

A vida revolucionária de Bolívar, Jacobo e Manuel, são exemplo a seguir, por seu amor ao povo e luta permanente contra os escravistas, capitalistas e imperialistas que são os que enganam, que eliminam, que fazem desaparecer, que invadem. [Os revolucionários] se alimentam com a sabedoria dos pobres do mundo. Organizadores de exércitos, condutores populares sem igual, persistentes até os últimos dias de suas vidas.

O legendário Comandante Manuel Marulanda Vélez com seus companheiros de direção deixaram tudo organizado, estatuído, regulamentado, normatizado assim como as linhas gerais para fazer realidade o nosso projeto revolucionário.

Em todos os eventos onde ele participou, sempre nos inculcou a luta pela paz com justiça social e soberania, a dignidade de ser guerrilheiros onde reina a fraternidade, a solidariedade, a persistência, a lealdade, a austeridade, a verdade, a honradez, a simplicidade, a modéstia, a capacidade física e moral para enfrentar todas as dificuldades sem vacilação na vida guerrilheira. Nem a mais intensa dor, fome, sono e cansaço nos dobra, assim foi a intensa vida de nosso comandante Marulanda, com firmeza enfrentou, à frente de seus camaradas, inimigos poderosos, políticos, militares e sempre saiu triunfante, seu pensamento e o das FARC-EP, por essa razão, o Estado Maior Central, o Secretariado e toda a guerrilheirada estamos unidos, coesos atuando sobre o já elaborado que é a nossa linha política-militar, que vamos atualizando à luz do marxismo-leninismo de acordo com a realidade Colombiana.

Nossa grande tarefa é contribuir na organização do povo e entre todos acabar com as causas que geraram as desigualdades sociais e a violência estatal contra os humildes de nossa pátria.

As colossais qualidades revolucionárias de Manuel Marulanda Vélez são patrimônio das FARC-EP e de todos os povos do mundo, 60 anos lutando, de diversas formas, pela vida e pelo bem estar comum, com um desprendimento total da propriedade privada, sempre marchou à vanguarda de seus camaradas, chefe indiscutível, com enorme capacidade e qualidade de comando, só a sua presença repleta de autoridade moral era suficiente para resolver as grandes dificuldades dos momentos críticos que tivemos em nossos 44 anos de existência.

É por isso que as FARC-EP nunca enfraquecemos, somos fiéis ao que entre todos planificamos.

Quando ele marchou da vida, de imediato nos reorganizamos, designamos comandante do Estado Maior Central o comandante Alfonso Cano, distribuímos entre todos as distintas responsabilidades, completamos o Estado Maior Central e reajustamos as diversas direções que existem neste exército guerrilheiro e irregular.

Todo o Secretariado, à cabeça o Comandante em Chefe Alfonso Cano, dirigimos as FARC-EP em direção coletiva, com base na linha que temos, aqui o que há é dedicação ao trabalho revolucionário. Estamos armados, mas falta que a maioria do Povo Colombiano se una a nossa plataforma, ao Movimento Bolivariano e tudo que temos projetado, assim não se movimentam os paramilitares da Casa de Narinõ [o palácio do governo da Colômbia, localizado na capital Bogotá], a oligarquia genocida à chamamos ao juízo e instauramos um governo de reconstrução e reconciliação nacional.

Na Colômbia continuam amadurecendo com rapidez as causas objetivas que reclamam transformações revolucionárias, mas falta desenvolver em plenitude os fatores subjetivos. Assim, não haverá nem oligarquia nem império que valha.

A melhor homenagem que podemos fazer ao nosso comandante em chefe é o crescimento da organização, educação e combatividade das FARC-EP, Milícias Bolivarianas e Populares, o PCCC, Movimento Bolivariano e organizações populares.

Todos juntos com o pensamento de Manuel, Jacobo, Raúl Reyes, Narinõ, Ivan Rios e Adán Izquierdo chegamos ao poder.

Secretariado do Estado Maior Central das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo

Montanhas da Colômbia, 23 de março de 2009.

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