Mais uma vez o “ espetáculo
democrático” se repete, e aparentemente a população exerceu seu direito a
democracia, e “escolheu” os seus governantes. A mídia e os políticos
comprometidos com a burguesia insistem em afirmar que o processo eleitoral é o
ponto alto da democracia, e que neste 28 de outubro a vontade do povo decidirá
os rumos de nossa cidade.
Na verdade, o processo eleitoral
está longe de ser democrático. O conceito de democracia nos remete a igualdade
de oportunidades, e se analisarmos com o mínimo de cuidado veremos que os
candidatos já no início das eleições estão em condições extremamente desiguais.
E a desigualdade se expressa de várias formas, por exemplo: na manipulação da grande
mídia, no tempo de TV e rádio, e principalmente podemos verificar uma grande
diferença no finaciamento das campanhas.
Mesmo contra todas as
adversidades, sem aceitar dinheiro de empresas, e sem ter o apoio da grande
mídia, nós comunistas do PCB, mais uma vez participamos do processo eleitoral
com o objetivo de divulgar nosso projeto,
e denunciar as desigualdades e a exploração, que são consequências do
sistema capitalista.
Assim como em 2008, o PCB apoiou
a candidatura de Bruno Meirinho candidato pela Frente de Esquerda ( PCB/PSOL
). No entanto, diferentemente de 2008, o
PSTU-Curitiba se recusou a compor a
Frente de Esquerda, priorizando sua auto-construção em detrimento do
fortalecimento da Frente de Esquerda. Gostaríamo de agradecer ao PSOL de Curitiba
pelo companheirismo, pela fraternidade, e pelo respeito mais uma vez
demonstrado nestas eleições. Mas também ressaltar a necessidade de
fortalecimento e ampliação desta FRENTE DE ESQUERDA para além do processo
eleitoral.
Mesmo sem grandes êxitos nas
urnas, nosso partido sai fortalecido do processo eleitoral, pois, mais uma vez
nossa militância se mostrou aguerrida, disciplinada, e principal, fomos firmes
em nossas convicções política, e não reduzimos nossa militância às eleições.
Para os comunistas, a eleição é
apenas mais um momento de se travar a luta política. O processo eleitoral
acabou, mas a luta continua, e nós do PCB, continuaremos nos bairros, nas ruas,
nas praças, nas fábricas, escolas, universidadas, e em todos os espaços onde a
luta pela transformação da sociedade seja necessária.
Nós do PCB não acreditamos que a
transformação da nossa sociedade será realizada por meio de uma eleição,
estamos convíctos que a luta pelo fim da do exploração homem pelo homem, pelo
fim das desiguadades, pelo fim do
capitalismo, é construída na luta diária, junto aos trabalhadores, nos bairros, nos sindicatos, nos movimentos
sociais, nas associações de bairros, nas escolas, nas disputas de ideias.
A derrota de Luciano Ducci logo
no primeiro turno das eleições, representa claramente o descontentamento e
desejo de mudança pela maioria da população curitibana, no entanto, nós do PCB
não temos ilusão de que Gustavo Fruet ou
Ratinho Jr. representem uma mudança de verdade. Na verdade o que existe é uma
falsa polarização, pois, ambos representam os interesses, e tem apoio político e financeiro das elites, ambos estão
“amarrados” aos interesses da burguesia e são financiados por ela.
Temos a clareza de que nem Ratinho nem Fruet representam os
interesses da classe trabalhadora, e é por isso que nós do PCB lutaremos para
construir em Curitiba uma FRENTE ANTI-CAPITALISTA E ANTI-IMPERIALISTA, que seja
capaz de aglutinar forças suficientes para enfrentar os interesses da
burguesia.
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