sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Zelaya insiste em acreditar que o imperialismo o recolocará na Presidência de Honduras

Zelaya agradece aos EUA pelas sanções impostas ao regime de fato de Honduras
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, agradeceu aos Estados Unidos por ter imposto sanções ao regime de fato de Roberto Micheletti, destinadas a pressionar para o restabelecimento da ordem constitucional após o golpe de Estado de 28 de junho.
"Quero agradecer em nome do povo hondurenho as medidas adotadas (...) contra o regime golpista, orientadas ao restabelecimento da ordem democrática em Honduras, e não duvido que tais medidas contribuirão e permitirão a minha reinstalação constitucional e democrática", assinalou Zelaya em carta dirigida à secretária de Estado norteamericana, Hillary Clinton, divulgada pela embaixada hondurenha em Manágua
Os Estados Unidos anunciaram na semana passada a suspensão de vários programas de ajuda a Honduras como consequência do golpe que derrubou Zelaya em 28 de junho.
Washington tinha cancelado os vistos de alguns altos funcionários do regime de Micheletti e também suspendeu a ajuda militar a este país.
As sanções adotadas por Washington são "uma mensagem clara" de que "os governos eleitos democraticamente não podem ser interrompidos pela via da força e das armas", complementa a carta.
O mandatário deposto também reitera a Clinton "tal como lhe expressei pessoalmente" sua decisão de assinar o acordo de San José proposto pelo presidente da Costa Rica e Prêmio Nobel da Paz, Oscar Arias, mediador na crise hondurenha.
O plano proposto por Arias "estou disposto a assiná-lo em Tegucigalpa" na presença de embaixadores da América Central, do presidente Arias, de representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA), das Nações Unidas "e você como Secretária de Estado dos EUA como testemunha de honra", acrescentou.
Zelaya, que permanece em Manágua isolado da imprensa, defendeu que o povo hondurenho não pode seguir sofrendo as consequências do golpe de Estado promovido por "grupos sem legitimidade e pelo alto escalão das Forças Armadas".

(tradução de Rodrigo Oliveira Fonseca)

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