sexta-feira, 21 de agosto de 2009

SEM TERRA ASSASSINADO EM DESPEJO NO RIO GRANDE DO SUL



"TODA A SOLIDARIEDADE AO MST.
HONRA AO COMPANHEIRO ELTON BRUM DA SILVA."


Sem Terra é assassinado em despejo na fazenda Southall

21 de agosto de 2009


O trabalhador rural Elton Brum da Silva foi morto na manhã desta sexta-feira (21/8) em São Gabriel, no Rio Grande do Sul. O trabalhador, que levou um tiro no peito, foi levado por policiais da Brigada Militar que faziam o despejo da Fazenda Southall à Santa Casa do município. No entanto, os funcionários do hospital se negam a dar informações e dizem que devem ser obtidas com a polícia, que também está omitindo o fato.
O MST lamenta com pesar o ocorrido e responsabiliza os governos e a Justiça. Afinal, é de conhecimento público a truculência usada pela Brigada Militar nas ações de despejo. Mesmo assim, os poderes públicos optam por tratar as questões sociais, como a Reforma Agrária, como caso de polícia.

Polícia bate e hospital é orientado a não atender Sem Terra

19 de agosto de 2009

Da Radioagência NP
Na cidade de São Gabriel, no estado do Rio Grande do Sul, 250 Sem Terra ocuparam a prefeitura do município, na última quarta-feira (12/8). Eles queriam denunciar a falta de direitos básicos, como saúde e educação, para 400 famílias assentadas na região. A resposta ao protesto veio de forma violenta: durante a retirada dos manifestantes, a Brigada Militar deixou ao menos 50 pessoas feridas, sendo que 15 precisaram ser atendidas no hospital.
A coordenadora do MST, Nina Tonin, relata a condição das famílias.
“Desde dezembro do ano passado, cerca de 650 famílias foram assentadas no município. Até o momento, tivemos graves problemas de saúde. Três crianças morreram por falta de atendimento médico. Além disso, cerca de 400 crianças em idade escolar estão perdendo o ano letivo.”
Para o MST, a Brigada Militar usou “tortura policial” na ação. Um “corredor polonês” foi montado para que os manifestantes levassem socos e chutes dos policiais. Nina relembra o episódio.
“A polícia utilizou armas do tempo da ditadura militar. Usaram pistolas que davam choque em contato com o corpo das pessoas, fazendo-as desmaiar de dor. Tivemos que acionar o Comitê Contra a Tortura para pressionar o hospital da cidade a liberar os boletins de atendimento.”
Segundo Nina, houve uma determinação para que os feridos não fossem atendidos no hospital, onde foram feitos apenas cuidados médicos rápidos. O hospital nega que recebeu essa orientação.
Esta não é a primeira vez que acontece repressão no Rio Grande do Sul. Sindicatos, movimentos estudantis, indígenas e Sem Terra acreditam que ocorre criminalização dos movimentos sociais no estado.
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